segunda-feira, 19 de julho de 2010

O Médico


Ah, quem não queria um médico para ajudar na cura do corpo e também das feridas da vida? Eu tive o privilégio de conhecer um: Dr. Vagner, "o Médico". Deveria ser médico de almas, pois o seu trabalho foi além do físico.
Chegou tão por acaso respondendo um fórum dizendo que a Luiza Gottschalk da Play tv estava sensacional na VIP daquele mês: outubro/2007 , mês que ficou eternizado em mim.


Vi sua foto. Eu quis saber mais sobre o dono daquelas charmosas lentes (adoro homens de óculos)! Ele era namorado da linda Golden Girl, corintiano, petista, gostava do Charlie Brown (desenho), vídeo game, Seu Madruga, Chaves, Chávez, não gostava do Diogo Mainardi e era médico. M-É-D-I-C-O ! Dá vontade de
falar mil vezes!!!28 anos, rosto e voz de 18, a idade que eu tinha na época. Simpatia sem igual. Embora 600 km houvessem entre nós, eu me aproximava dele a cada longa conversa que tínhamos. Cada minuto de prosa era para mim anos de sabedoria. Levo comigo até hoje.
Perdemos o contato por aproximadamente quatro meses. Casualmente "nos encontramos" num Domingo em que eu voltava da igreja. Neste dia, ele compartilhou comigo um certo sofrimento pelo qual passava. Senti-me importante por ele ter confiado a mim tal segredo.
Entendi que a partir deste momento o nosso laço havia estreitado. Foi aberta uma porta para a cumplicidade. As conversas ficaram mais frequentes e quanto mais eu sabia sobre este Médico, mais eu queria saber. Ele desperta curiosidade. Personalidade interessantíssima. Pessoa que te faz ter vontade de tê-la sempre por perto. 
Percebe-se o quanto é presente nele valores de família. Ele sempre me dizia dos cuidados recebidos de sua genitora e imagino o quanto isso reflete na sua vida profissional. O jeito com que ele falava das situações ao longo do seu dia como médico... até me arriscaria a usar algum pretexto para receber seus cuidados se não fosse tão longo o percurso.

Sempre muito cordial, até o seu jeito de encerrar uma conversa era sutil. Com uma rima simples: ''BEIJO E QUEIJO". Me fez entender que o queijo era o tchauzinho, me deixando com uma vontade de dizer volte logo. Na verdade eu nem precisava dizer, ele sempre voltava. A cada volta era como se fosse dito para mim o versículo 14 da carta de S. Paulo aos Colossenses, no capítulo 4: " Saúda-vos o médico amado."
Sua saudação é composta por agradáveis palavras: " Oi Pequena, tudo bom?" Pequena... adjetivo pelo qual sou tratada por ele. Então, subentende-se que ele ignora as minhas medidas 1,67 de altura por 3 de largura.
Também me sinto "Pequena" ao dizê-lo sobre a minha Barbie, presente que eu viria ganhar dele.

Amantes de futebol que somos, compartilhamos grandes emoções pelos nossos times do coração. O meu Cruzeiro acabara de de sair da Libertadores, mas caminhava na série A do do Brasileirão. O Timão dele seguia na série B e buscava também o título de campeão na Copa do Brasil.
Em São Paulo, o time que eu gostava era o Tricolor SPFC. O Médico, talvez por ter parentes (sofredores) aqui em Minas Gerais, gostava do Galo.
Com o desejo de vê-lo feliz, dispus-me a torcer por um resultado que viesse satisfazê-lo. Não tive opção: era torcer para que o Corinthians ganhasse. Ai como sofri! Mas ele também teve que torcer pelo Cruzeiro! Falou que se tornou a ovelha negra da família por isso.

Na semi final, contra o Botafogo, ele me manda um torpedo dizendo que o " La Bambinera" (Morumbi) estava lindo lotado. A voz dele era uma das que estavam impulsionando o time, pude ouvir. Ele também me ligou e, por alguns segundos, participei daquele coro imenso. Após sofridos pênaltis, o Corinthians ganhou a partida por 5 x 4.
Consegui o que eu queria: saber que o Médico estava feliz. Ao sair do estádio, ele me agradecia por eu participar daquele " momento mágico" com ele. Disse que eu me tornei uma espécie de amuleto.

Sobre o nosso primeiro encontro fico sem palavras para descrever. Neste dia, a cada passo que eu dava, a impressão era de que ficava cada vez mais longe, tamanha a ansiedade em vê-lo. Reconheci o Médico, de costas e de longe. Ele possui uma luz que o destaca das demais pessoas, por isso não foi difícil reconhecê-lo.
Boas risadas dei naquele dia,  O Médico também é Doutor da alegria! Imitando o Inri Cristo, ai ai ai. Relembramos coisas da infância e ele me contou sobre os brinquedos que eram sucesso, tais como Pense Bem e Genius, clássicos da década de 80. Também contou que escreveu uma carta para o Porta da Esperança pedindo um Mini Buggy.
Tive a oportunidade de andar no seu Renault Cleo (Clio), trocadilho que fiz uma vez com meu apelido e o carro dele.
Sua cidade, Santo André (ABC paulista), é uma das que eu amo hoje em dia nem tanto pela cidade em si, mas porque ela abriga o Médico e isso ela tem em comum com meu coração.
Por ele fui lembrada na França, em sua viagem de férias. Num jogo do Lyon que ele foi, o Fred (ex Cruzeiro) fez gol.

No seu retorno ao Brasil, fiz um "tratamento" com ele. Fez-me ver, ajudou meu coração a bater feliz, impulsionou os meus pés a andarem novamente. Tudo muito metafórico e muito real ao mesmo tempo.
O Médico conseguia carregar a Pequena no colo quando era submetida aos seus cuidados... e que cuidados!Gostaria de retribuir tudo o que ele é capaz de fazer por mim, por todo o socorro que me é prestado... Às vezes eu tento quando o alerto para que seja retirado do seu bolso "um certo escorpião"!
Toda vez que faço brigadeiro, lembro-me dele, pois sei o quanto gosta. Queria muito fazer pra ele sempre.

Sobre esse Médico, vou ter que parar por aqui. Há muito o que dizer. Termino dedicando ao senhor, Dr. Vagner, a música "Isso" dos Titãs que parece ser cantada pelo senhor mesmo (em vez de ser pelo Paulo Miklos) quando a ouço.

♪♪" Isso! Passam-se os anos. Sempre foi assim E será sempre igual Isso! Isso!..."♪♪
E como eu sempre me despedia: ♪♪" Adeus, paulistinha do meu coração!" ♪♪
Beijo e queijo da Pequena de tamanho, mas de coração enorme, como o senhor já me disse.

O que o médico disse? Com a palavra, o médico



2 comentários:

  1. Oi amiga. Fiquei muito emocionada ao ler seu lindo texto fazendo uma homenagem ao meu filho Juninho kkkkkk como aqui ele é chamado.Ele é tudo isso mesmo querida, e um pouco mais, é um filho amoroso mesmo e creio que tem como herança os princípios dos avós maternos que herdou, pois eram de Manga e Januária em Minas,onde a simplicidade ,o respeito e hospitalidade foram sempre apresentados como exemplo para nós,assim como também o respeito e a fé ao médico dos médicos que é Jesus.Você deve ser professora ou escritora kkkkk, pois escreve muito bem, mas isso não vem ao caso, você tem a sensibilidade de escrever com o coração, e isso te faz uma menina especial para mim também.Parabéns e espero que agora eu acertei na resposta. Termino bem mineirinha um beijo e um queijo kkkkkkk felicidades fique com Deus e até qualquer dia que eu possa conhece-la pessoalmente.

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